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domingo, 20 de setembro de 2009

Autodidata - Livrevista - Setembro/2009

Achei bem interessante o artigo abaixo:

Intelecto.
A ciência do autodidata
Sem determinação genética, aprender habilidades por conta própria é uma possibilidade para qualquer um


Camila Fernandes
camilafernandesdeoliveira@hotmail.com

Autodidata é aquele que aprende sozinho, sem o auxílio de professor, mestre ou tutor. O assunto ainda provoca dúvida e curiosidade entre aqueles que não o conhecem bem.

Um dos mitos a ser derrubado é o que relaciona o “comportamento” autodidata a uma determinação genética, pois não há pesquisas científicas que provem isso. “Parece muito mais decisiva a própria história de interações do organismo com o ambiente, através de uma trajetória particular de desenvolvimento humano”, explica o Professor Kester Carrara, livre-docente em Psicologia pela Unesp.

De alguma forma e em certa medida, todos somos autodidatas, como explica o Dr. Carrara. “Conforme a disponibilidade de informações e nossa motivação momentânea e específica para certos assuntos, nos comportamos – individual e independentemente de uma situação formal de ensino-aprendizagem – de maneira a ampliar e consolidar nosso repertório de habilidades motoras, intelectuais e culturais”.

Dougal Waters

É preciso determinação para estudar sozinho

A explicação de Carrara vai ao encontro da experiência de Gisele Késsia Gelschleiter, 33 anos. Ela aponta que o desejo por um futuro melhor foi uma de suas motivações para estudar sozinha, “seguida da curiosidade e liberdade para adotar o melhor critério e lógica no aprendizado”, diz. Gisele conta que tudo que aprendeu após o Ensino Médio foi sem a ajuda de um professor. Ela começou duas faculdades, mas trancou ambas por, entre outros motivos, não concordar com a metodologia.

Carrara também relaciona as limitações do método de ensino “regular” a um estímulo ao autodidatismo. As imperfeições do processo formal de educação acabariam estimulando uma escolha por formas individualizadas de busca por informação e formação: “Lemos, observamos fatos do cotidiano, buscamos na Internet”, exemplifica.

Desvinculando o comportamento do autodidata de uma “sorte” genética, Carrara permite que aqueles que nunca aprenderam algo sozinhos também possam atingir esse objetivo, com algumas ressalvas. “É preciso ter cautela com alguns processos de aprendizagem que excluam completamente a figura do professor”, completa.

Dr. Carrara esclarece que a educação formal constrói uma estrutura de “passagem” que conduz o aluno “de uma condição de tutoria ampla para uma condição de independência na aprendizagem”. Ainda assim, o professor defende que a forma mais consistente de concretizar o aprendizado é o diálogo com o professor, com a possibilidade de debate.

2 comentários:

Anônimo disse...

Oiie!!

Gostei muito do seu post!

Tenha um boa semana!

Beijos!

Lu_Russa disse...

Oi Linda :)))

estou sorteando 10 livros no meu blog...entre lá e participe !

bjosss e bom final de semana !

LuRussa